Formando-se Líder

Algumas coisas vêm e vão sem termos muitas opção de escolha ou poder definitivo sobre elas, como a idade por exemplo, maldita idade, estou ficando cada vez mais velho e não posso evitar isso, seria bem interessante congelar a idade nos 21 ou 22 anos, seria magnífico. Brincadeiras a parte, assim como a idade, a posição que ocupamos numa organização, nosso emprego e o papel que desempenhamos irá mudar, irá evoluir ou retroceder, por méritos do nosso trabalho, por desejo de evolução ou até mesmo simplesmente por acomodação e paciência pra esperar o tempo passar diante de nossos olhos, a certeza é que as oportunidades – assim como a idade – vêm e vão e caberá a nós estarmos preparados para agarra-las ou para recusá-las.

A verdade é que com o tempo, evolução pessoal, crescimento e maturidade, experiência técnica e profissional estarão sendo agregadas constantemente em todos nós, em nosso perfil, e precisamos ser capazes de identificar o momento correto para realizar uma mudança e saber quando estamos deixando de ser importantes em uma área ou função para ser mais importante em outra área ou função, aplicando esse novo conhecimento adquirido.

Pensando exatamente nisso, não exatamente só por pensar nisso, mas dado a diversos outros fatores que também me desmotivaram, comecei a fazer um tipo de auto análise e observação diária do meu trabalho, atitudes e de como estava resolvendo as coisas, agregado com isso comecei a ler sobre o assunto (liderança) e pra minha surpresa identifiquei vários pontos entre a minha real e atual situação com a minha primeira leitura nessa área: Know-How, de Ram Charan. Este post não é uma propaganda do livro, obviamente. Mas quem quiser comprar eu aconselho fortemente. Empolgado com o assunto estou lendo atualmente The World’s Most Powerful Leadership Principle: How to Become a Servant Leader, do mesmo autor do conhecido Monge e o Executivo, James C. Hunter, (que já estou gostando muito, do livro) e Moments of Truth, de Jan Carlzon.

Com base no último livro que li, e seguindo as premissas do próprio, tomei a liberdade de resumir as oito competências que todo líder deve ter, ou pelo menos saber como praticá-las com perfeição e habilidade:

  • Posicionar e reposicionar – Encontrar uma idéia central para os negócios que atenda às necessidades do cliente e que seja lucrativa para a empresa.
  • Identificar mudanças externas – Detectar tendências externas para colocar a empresa na ofensiva, sempre.
  • Comandar o Sistema Social – Reunir as pessoas certas com comportamentos e informações corretos para tomar decisões melhores e mais rápidas afim de alcançar bons resultados.
  • Avaliar pessoas – Aferir pessoas com base em suas ações, decisões e comportamentos, comparando-os com os critérios inegociáveis da função que cada pessoa deverá ocupar.
  • Moldar equipes – Conseguir que líderes altamente competentes e com ego (geralmente) enorme trabalhem em perfeita harmonia e cooperação.
  • Estabelecer objetivos – Determinar o conjunto de metas que equilibram o que a empresa pode vir a ser com o que ela pode alcançar de modo realista.
  • Estabelecer prioridades precisas – Definir o caminho e alinhar recursos, ações e energia para realizar os objetivos da empresa.
  • Enfrentar forças externas ao mercado – Prever e reagir às pressões sociais fora de seu controle, mas que podem afetar a empresa e às pessoas.

E, apesar de não ser exatamente o título do livro e nem ser a idéia central, ele também aborda de forma muito eficiente os principais traços de personalidade que podem ajudar ou interferir com as competências (acima) inegociáveis de um líder:

  • Ambição – Para conquistar algo notável, MAS NÃO vencendo a qualquer preço.
  • Determinação e tenacidade – Para buscar, persistir e realizar, MAS NÃO persistir em um plano que não está dando resultado.
  • Autoconfiança – Superar o medo do fracasso, da reação ou a necessidade de ser amado; usar o poder criteriosamente e NÃO se tornar arrogante ou narcisista.
  • Abertura psicológica – Para ser receptivo a idéias novas e diferentes E NÃO impedir o progresso de outros profissionais.
  • Realismo – Para ver o que pode de fato ser alcançado E NÃO se esquivar dos problemas ou presumir o pior.
  • Vontade de aprender – para continuar a crescer e aprimorar seu know-how E NÃO repetir os mesmos erros.