Meu ambiente de trabalho em 7 itens

Meu ambiente de trabalho em 7 itens, alguém começou com este meme legalzinho e a minha amiga Loiane falou sobre seu ambiente de trabalho e me indicou para que eu falasse um poquinho sobre meu ambiente de trabalho e desse continuidade ao meme.

1) Mac OS

Macintosh Quadra 605

Minha primeira experiência com o Mac OS foi em 1997 quando ainda era Macintosh e não era nada hype. Conheci um Macintosh Quadra 605, que já era bem velho na época, mas acabei gostando *muito*. Logo depois, em 1998 quando o primeiro iMac foi lançado com o PowerPC G3 eu comprei um pra mim e me tornei o único besta da cidade a ter um Macintosh – não bastasse, antes, ser o único besta a usar Linux. Desde então tenho Macs. Cheguei a ficar alguns períodos sem Mac, mas não mais que 1 ano e pouco.

Obviamente também gosto e uso muito Linux, gosto de qualquer distribuição baseada no Debian, em especial o Ubuntu e detesto qualquer coisa RPM based. Tenho vários servidores que administro com Ubuntu Server e Debian (da Giran e de clientes) e algumas máquinas virtuais no meu macbook pro também com Ubuntu e Ubuntu Server.

Dizer que eu uso o Mac OS porque é bom, estável ou eficiente é chover no molhado. Eu simplesmente uso pois gosto e acho que gosto pois sempre tive Macs. Não é assim com Windows? Pergunte a alguém porque ele(a) usa Windows.

iMac G3 - Meu primeiro Mac

2) Gmail

O gmail é hoje uma das minhas principais ferramentas de trabalho, se não for a principal. Depois que abri a Giran com o Léo Hackin o gmail e o keynote tonaram-se ferramentas indispensáveis e de uso diário – o gmail eu nunca fecho.

Acho que até já sei mais atalhos do gmail do que do Eclipse.

3) Eclipse e TextMate

Ainda trabalho bastante com Java e não pretendo deixar de fazer isso tão cedo, logo, o Eclipse é minha IDE favorita e campeã em todos os aspectos.

Mas não vivo só de Java. Sempre usei o VIM para qualquer outro tipo de trabalho, mas depois que comecei a aprender Ruby e Rails fui aprendendo a usar o TextMate com alguns railers e curti muito. Hoje o VIM acabo usando somente em servidores remotos e pra quase qualquer outro tipo de trabalho uso o TextMate.

4) Git + Github

Eu conheci o git e gitorious em 2008 quando trabalhei na globo.com. Não foi muito fácil entender o funcionamento de um repositório distribuído no começo, mas as confusões e brincadeiras foram legais o suficiente para não desistir: “- Mas você fez commit? – Sim! – Mas não basta, tem que fazer também o pu… ué pull ou push mesmo?”

O git é incrivelmente simples e eficiente e o github fez um trabalho igualmente fantástico ao criar uma ferramenta que simplificou o uso do git em projetos open source e a colaboração entre os desenvolvedores destes projetos.

Dica: quer ter o seu repositório privado e na nuvem (putz, não espacei das buzzwords): Using git + dropbox. Uma combinação matadora.

5) Bash

terminal

Não da pra trabalhar sem um shell. Eu uso o bash e a aplicação do Terminal fica nos meus itens de lançamento automático ao reiniciar o Mac OS (não que isso aconteça muito). Uso o terminal pra tudo, inclusive para o git. Não tenho nada de outro mundo nos meus bash files, apenas alguns alias, cores e auxiliares que me ajudam muito no dia a dia, como, por exemplo, saber em qualquer branch em estou num projeto git.

6) Giran

A Giran não é só a empresa onde trabalho, é o meu item principal de trabalho. Primeiramente eu trabalho na Giran, mas trabalho para levar a Giran adiante e trabalho também com as limitações e qualidades da Giran, além de trabalhar sempre para a Giran, mas, principalmente eu trabalho com às pessoas que hoje, juntas, são a Giran.

Não quero falar muito pra não parecer jabá disfarçado/forçado ou algo do tipo, mas se estou feliz e realizado no trabalho hoje em dia, sem dúvida é culpa desses excepcionais da Giran e da cultura de trabalho que estamos criando juntos por aqui, sem isso não adiantaria 7 ou 70 itens do meu ambiente de trabalho.

7) Monitor externo e o mito da produtividade

Aqui está um ponto delicado da minha rotina de trabalho. Por muito tempo sempre pensei: quanto mais monitor, melhor. Errado! Grande engano e grande mito. Com o passar do tempo os monitores externos só serviam para acumular coisas abertas e simultaneamente visíveis para me tirar a atenção, me atrapalhando a manter o foco em uma coisa de cada vez.

Pra mim, no meu caso, o monitor externo não aumenta em nada a minha produtividade, pelo contrário, se eu der mole até me atrapalha e reduz a minha produtividade. Eu eventualmente uso o monitor externo para ajudar com a visualização ou acompanhamento de logs e consoles ou então durante sessões de programação em par. Fora isso prefiro deixar desligado.

Minha estação de trabalho hoje: monitor externo 21.5 full hd 'de lado' + macbook pro 13'

Sem o monitor externo eu organizo todas as minhas coisas em várias spaces separadas e não permito que o CMD+TAB mude direto para a aplicação selecionada + space em que ela estiver. Pra eu mudar de aplicação tenho que mudar de space mesmo, evitando que eu perca o foco no que eu estou fazendo.

E é isso. Difícil falar tanto sobre itens de desenvolvimento hoje em dia quando às vezes chego a passar um dia inteiro sem desenvolver nada. Mas o gmail tem se mostrado uma boa IDE, por enquanto =P

E pra continuar…

Claro, indicarei alguns amigos para escrever sobre seus respectivos ambientes de trabalho também, pra ficar tudo igual indicarei 7 amigos:

12 respostas para “Meu ambiente de trabalho em 7 itens”

  1. Legal o post, já li uns parecidos mas vc foi o primeiro a mencionar o bash, realmente eu não consigo trabalhar sem ele… mesmo em Windows eu taco um Cygwin pra compensar. E, no meu caso, 2 monitores aumenta a produtividade =)

  2. Parabéns. Interessante o artigo e principalmente porque não conhecia o Git + Github. Vou dar uma estudada neles e ver como posso agregá-los no meu dia a dia.

  3. Muito interessante o post. Nossos ambientes de trabalho são bem parecidos, mas eu citaria os seguintes pontos, comparando com os seus:

    – Linux, impossível ficar sem. Estável, rápido, flexível, poderoso, imbatível;
    – Gmail, sem dúvidas;
    – Aptana, filho do Eclipse, sensacional para mexer com PHP, CSS e Javascript ao mesmo tempo;
    – Mercurial + BitBucket, sem a menor dúvida essa dupla supera o Git + Github em simplicidade de implantação e funcionam tão bem que é difícil acreditar que o BitBucket seja gratuito – inclusive para repositórios privados, wiki, issue tracker e o escambau. Como se não fosse suficiente, tem uma integração perfeita com o Aptana;
    – Yakuake, meu shell estilo Quake. Sempre à mão e fazendo dupla com o SSH;
    – Fivecom, que é meu grande ambiente de aprendizado hoje;
    – Monitor Dell 22″. Este eu preciso comprar um aqui pra casa, urgente. Perfeito, muito espaço para o código, o que combina com meu estilo de programação :)

    Queria ter feito um post sobre isso logo, mas pretendo iniciar meu blog só daqui umas 2 semanas!

    Grande abraço!

  4. Esqueci de dizer (não sei como!) que o Chrome hoje é meu browser favorito. O cold start do danado acontece em 2 ou 3 segundos, competindo com a calculadora hehe Imposśivel comparar a velocidade do javascript com qualquer outro navegador. Só uso mesmo o Firefox para usar o FireBug, que ainda não tem versão full para o Chrome, mas toda noite eu rezo pra esse dia chegar logo :)

  5. Fala Pedro! Cara, muito legais as colocações, realmente merece um post sobre isso, não quer inaugurar o blog antes não!? :P

    Sobre o Chrome, também virou meu favorito há um tempo, realmente imbatível.

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